>Nesse episódio, Ana Frazão conversa com os professores Guilherme Lichand, Maria Eduarda Perpétuo e Priscila Soares sobre recente trabalho em que os professores propõem o índice de desigualdade educacional. A partir do mapeamento de dados de 1980 a 2021, a pesquisa comprova que pessoas de origem mais pobre ganham menos mesmo quando estudam o mesmo que as pessoas que vêm das elites.
Para interpretar os dados, os professores exploram as razões que levam à maior apropriação do prêmio salarial que decorre da educação pelas elites, tratando de temas como a qualidade de ensino, a importância do capital social e recortes de gênero e raça.
Dentre as principais conclusões, estão a de que é impossível falar em meritocracia no Brasil, bem como a de que o mero acesso a educação superior, por meio de iniciativas como as ações afirmativas, não consegue isoladamente reduzir as desigualdades relacionadas ao prêmio salarial.
Os professores também tratam das relações entre crescimento econômico e redução de desigualdade, bem como compartilham suas visões sobre direito e economia.